Últimas palavras de Tefé, antes de partir

Eu deveria ter ido embora ontem, mas fiquei com medo do barco.

Estava escrito lá no barco Princesa Laura "Lotação: 70 passageiros". Parecia ter mais gente e rede do que isso lá dentro, aí perguntei "quantas passagens o senhor ainda tem, e quantas tá vendendo hoje?".
Resposta: tem umas 15 ainda, vamos em 100.



Meu raciocínio foi o seguinte: faltarão 30 coletes caso haja algum acidente. Apesar de já ter me despedido de todos, achei melhor não pular no barco.

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Tefé é legal. Eu gosto daqui. Apesar do mal gosto dos flertes masculinos, extremamente desinteressantes, da falta de brócoli, rúcula e outras inumeráveis verduras, de não haver boa música, da propaganda repetida e de má qualidade nos intervalos de A FAVORITA, eu gosto de Tefé.





Gosto do pão com tucumã na feira, da simplicidade das ruas, da proximidade das casas, de encontrar as pessoas no instituto, da não ansiedade da falta de programação. Acho que gosto até mesmo de ser vista como uma ET mamirauática pelas ruas.

Como já dizia o Léo, aqui em Tefé a gente tem muito tempo para pensar sobre a gente mesmo.
(Léo, descanse em paz meu amigo! Obrigada por ter me selecionado, me recebido, e me acolhido. Triste você ter se despedido de todos nós dessa maneira.)

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Em Tefé me proporcionei coisas que não sei se faria sob a repressão dos olhos urbanos.

2 meses sem tirar os pêlos da perna:


2 meses sem tirar a sombrancelha



O grande encontro


Os bichos!

Cheidi (Futura mamãe) e Branquinho


Airué, o gato que dormiu comigo


Lineu



E o Sol, que aqui brilha diferente.