domingo, 9 de junho de 2013

Versalhes (Versailles)

Versalhes (Versailles, para os franceses), conhecida pelo seu famoso castelo é uma cidade na região de Paris. Cidade mesmo, com centro, feira livre, e tudo o mais que uma cidade tem direito.



Lembremo-nos sempre que onde há riqueza excessiva, haverá certamente a pobreza. E essa, que foi uma das maiores contradições da época culminando com a Revolução Francesa da "liberté, egualité, fraternité" em 1789, continua sendo contradição até hoje.

Moradores de rua acordando em frente ao Palácio de Versalhes.

Chegando-se a estação de trem de Versalhes, há um mapa, mas o caminho é simples: pegue à direita e caminhe até encontrar uma avenida com árvores à sua esquerda (esta da foto acima). Nesta avenida está o centro de informação turística, onde você consegue um mapa e as entradas para o castelo.


Meu amigo havia me avisado, e volto a avisar. Chegue cedo. Chegue cedo mesmo! O ideal é estar em Versalhes antes das outras pessoas.




Sem dinheiro sobrando, e nenhuma vontade de pagar esperar em filas e ficar num amontado de gente dentro do palácio, decidi desbravar a cidade a pé e ver o que encontrava.


Além da queima de estoque de verão em todas as lojas (é o período de limpeza de estoques), encontrei o "Potager do Roi", que traduzido seria algo como "Horta do Rei". E foi aí que passei a maior parte do meu tempo. Uma parte do abastecimento dos alimentos para os banquetes e festanças imperiais, saíam desta horta-pomar. Para quem gosta de jardinagem, é passagem indispensável. Na entrada, é possível comprar alguns produtos produzidos a partir de matéria-prima do jardim.
O "Potager du Roi"
Casa para as abelhas
Framboesa! Minha favorita 
Pêras
Maçã
Maçãs que escalam paredes


Lavanda

Alcachofra
Ruibarbo (usam-se os talos cozidos para fazer tortas e sucos)



 Para os nascidos em clima temperado, até pé de café na estufa é possível observar. O rei tinha uma bonita coleção de espécimes, que creio tenta-se ainda manter nesta horta-museu.




Anexo ao Potager encontra-se a "Faculdade da Paisagem", que usa a estrutura do jardim para suas práticas (e acaba fazendo a manutenção no mesmo).
Um dos projetos que li por aqui é sobre um projeto para observação da fauna e flora nativas das ruas, o "Sauvages de ma rue" (Selvagens da minha rua). Me fez lembrar os velhos tempos de Bioart é a nossa oficina "Planta não é paisagem", onde tentávamos mostrar a natureza com novos olhares, novas descobertas.

École Nationale Supérieure de Paysage
Mas findando o dia, decidi voltar aos jardins, que ficam abertos gratuitamente no verão das 17 as 20h, sem direito a show das águas ou trilha sonora musical (coisas que estão incluídas na entrada oficial).

O tamanho do jardim é mais marcante que a qualidade da paisagem ou a beleza das estátuas. Caminha-se, caminha-se, perde-se. Se hoje, a manutenção do mesmo é uma fortuna, imagina na época de Maria Antonieta. 


No horário oficial de funcionamento, é possível alugar bicicletas ou pequenos carros motorizados (aqueles de campo de golfe).

Quem gosta de estátua é pássaro


O passeio clássico é então chegar cedo, comprar os ingressos, e visitar Palácio + Jardim (para cada um é preciso de um ingresso, mas sai mais barato comprar os dois juntos).

Pode-se caminhar um pouco pela cidade, visitar catedrais, achar um lugar de comer, pela manhã há uma feira onde é sempre bom de se comprar queijos e bisbilhotar as comidinhas locais.

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