sábado, 24 de agosto de 2013

Marrakech

"Marrakech, arnaqueche"

Pra quem não conhece, a bandeira do Marrocos.
Hoje começa mais uma etapa, o primeiro dia em outro continente, ainda que esteja coladinho na Europa, separado apenas por Gibraltar, estreito esse que tem muita história pra contar.

Segue a trilha pra este post. Essa música, não combina em nada, com a aura do local!



Cheguei em Marrakech sem o endereço do local em que ia me hospedar. Tinha o nome, e uma breve noção da localização já que aprendi a estudar e memorizar mapas e rotas de lugares que preciso ir antes de viajar.

Mas com isso, na tal Marrakech, e a "Medina", local que causa medo por suas ruas que se entrelaçam e você facilmente se perde, saí do aeroporto e rumei de ônibus ao centro, para tentar a sorte com algum taxista (ou meu mapa de aeroporto) por lá.

Falar francês ajuda. E muito.

Para comer, na minha cabeça a sensação era "Eat or be eaten". As mais de 70 barracas de alimentação, que começam a ser montadas às 17h, e terminam mesmo lá pelas 3 da manhã, disputam os clientes não há unhas, mas na lábia, cardápio na mão, ofertas de bebidas, e o que mais for, para tentar abocanhar (literalmente, comer) o cliente antes que ele decida ir para o próximo restaurante. Como a comida em todos eles é praticamente a mesma, sem conhecer não dá pra escolher pelo tempero, e os preços, são praticamente todos, tabelados. Quase um cartel.

Barraca com as comidas, antes de virarem comida. Os "restos" ao final da noite, são doados para caridade, nessa barraca aí, segundo o garçom.



Enquanto eu falava com uns, Astrids resolveu se sentar.
Comemos bem, e ao final

Mais tarde, começa o som.

Pescaria, só que de garrafas


Mas no mercado, não importa que língua você fala. Eles falam todas! Ao menos naquilo que você precisa entender.

O primeiro dia é o primeiro dia.
Regatear preço no souke, ver as mulheres cobertas olhando para as canelas brancas de fora como algo chocante e imoral (ou porque não apenas, curioso?)

Sobre os sapatos, Jaú perde o posto rapidamente. Nunca vi tanta loja de sapato junto, com coisas tão parecidas uma com a outra e tão próximas antes. Ganha, mas de longe, da terra dos avós.

Não sei se de verdade ou mentira, mas Marrakech tem cara de cidade feita para turista ver.

Onde ficar
Eu fiquei no Riad 34, e se o orçamento não for um problema, recomendo fortemente.
Recém reformado, limpo, aconchegante, e café da manhã de arrasar!



O que visitar

Palácio Bahia

 Entrada: 10 dirhams






Antigo colégio interno (esqueci o nome)





Museu-Hamman
O prédio vale a pena, para ver como eram os antigos hammans nas cidades.



Jardin Marjorelle
É bonito, interessante, e financiado pelo Yves Saint-Laurent.



O Zouk 
O melhor e o pior de Marrakech!
Mesmo com o maior espírito de diversão, é cansativo.
Aprendi só depois, mas o preço que eles te derem, você oferece a metade, e aí começa-se a negociar.
Me divertindo nas compras. 

Passear de Charrete
Saindo da Medina, para o Jardim Marjorelle

Caminhe
E aproveite as ruas.



Meu pequeno cadernos de notas

Muitos gatos pela rua
Preguiça de pechinchar
Sensação de ser roubada
Mulheres reparam muito nas mulheres
Macacos como atração (muito triste)
Muitos funcionários para poucas atividades, 10 no restaurante onde comemos
Rachid não pode usar seu nome berbere porque o governo não o deixou ser registrado com ele. Ele nasceu no deserto, tem 2 anos a mais do que registra a certidão, e não sabe o dia exato em que nasceu
Como o mundo é pequeno, passei meu fim de semana com um casal de Gent (Astrid e Ward)
Dancei pra dentro ouvindo a batucada do Ramadam e só vi homens dançando. Algumas jovens mulheres, sem lenço, batiam palmas.
Lojas , todas, lindas,mas dá preguiça de entrar para negociar.

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