Haselnuss Schnaps: a aguardente de avelã (vulgo "Nutella alcóolica")

Quem me conhece sabe que eu não sou de tomar bebidas destiladas. Meu consumo de álcool é basicamente composto de cerveja, água e saquê. E sim, gosto de provar diferentes variações, acho linda as possibilidades que a alquimia da fermentação pode nos proporcionar, a partir das diferentes matérias-primas, variedades, concentração de açúcar e outros compostos! A formação de aromas e a interpretação do gosto são fascinantes.

Pois bem.
Mesmo não bebedora de destilados, quando vejo bebidas que não conheço dou sempre uma cheirada e se o aroma me convence, uma bebericada para ver do que se trata.

Eis que ontem em um jantar-festa com minhas amigas alemãs, surge uma garrafa de "Haselnuss Schnaps". Eu nem dei bola por um tempo, mas fiquei curiosa com a história de um destilado de avelã. Abri a garrafa. E eis que aquele aroma fascinante da Nutella se espalha por toda a sala (o álcool evapora rápido, e os aromas subiram junto).

Na hora, não provei. Depois, uma amiga me ofereceu seu copo, e beberiquei.

E eis que acabo de eleger minha bebida destilada favorita!
Ela tem em média 35% de álcool, e deve ser tomada entre 13 e 15oC.

Sobre a produção
Esse "brandy" de fato não é um fermentado de avelã. Assim como muitas outras bebidas européias, ela é preparada pela infusão de plantas em álcool.
Segundo uma página de produtos do Tirol, as avelãs são descascadas, cortadas, e imersas no álcool por algumas semanas. Então seu aroma fica impregnado nesse álcool.
Na dificuldade de importação aí no Brasil, proponho que alguém teste deixando as avelãs cortadas em uma garrafa de cachaça por 1 a 2 meses.
O Schanps sofre uma segunda destilação depois dessa etapa, mas não custa tentar.
E me contem aqui no blog depois qual foi o resultado!