A festa do sacrifício dura 4 dias é a mais importante do islã. Ela precede a data da peregrinação à Meca, o hajj.
Para se sacrificar o pobre animal, é necessário comprá-lo. Muitas famílias fazem empréstimos para isso, pois o preço do animal é caro para a renda média de uma família marroquina. Há pessoas que também doam um animal para uma família mais pobre, pois passar um Aïd sem sacrificar um animal, seria um problema nos rituais e práticas do islamismo. O cordeiro pode ser substituído por uma cabra ou boi de mais de 2 anos, ou um camelo de mais de 5 anos.
Mercado de cordeiros em Rabat. Setembro 2015. |
Sobre o abate em si, no Marrocos, qualquer um e em qualquer lugar pode ser feito. Na Europa, há proibições de se abater animais nas cidades ou espaços domésticos, e isso gera debates sobre limites entre tolerância religiosa e saúde pública.
Alguns prédios mais "chiques" em Rabat tem salas de abate: local para lavar o animal, banjos para pendurar a carcaça, mesas para limpar o animal depois de morto.
Não estava lá no dia do sacrifício, mas dizem que a cidade cheira a sangue e morte. Algumas das padarias e outros locais com grandes fornos prestam serviço de assar.
Além da matança dos animais, nessa data costuma-se oferecer presentes às crianças: brinquedos ou roupas novas.
Carneiro sendo transportado em moto. Rabat, setembro 2015. |
Para terminar, segue uma imagem triste, de cabras sendo colocadas para o transporte no porta-malas de um carro. Nos meus estudos sobre carne Halal, descobri que uma leitura mais aprofundada do Alcorão fala de respeito e amor aos animais. Não imagino que esse tipo de tratamento seja de fato, Halal.
A festa do Aïd al-Kebir esse ano, possivelmente será no dia 01 de agosto.
E me pergunto sobre veganos-muçulmanos (se é que eles existem, já que em um ano procurando pelo Marrocos, não encontrei ninguém), como vêem essa relação da festa do sacrifício com a libertação animal.
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