Preciso confessar minha entrega a um vício argentino: el MATE!
Mate aqui não é o tostado e açucarado com limão que se vende no Rio. É a erva ainda crua, con palos, em diferentes aromas, texturas, marcas e preços. É o café do argentino, mas que cria uma cultura de roda que me encanta!
Hoje me comprei um termo. $40. Uma garrafa térmica, de aço inox, onde a água fica quentinha para que se banhe a erva. E é claro que este produto que todo argentino tem é produzido... na China.
Agora me falta um mate propriamente dito (a cuia), uma bomba, e já está.
Na unviversidade, não há um bebedouro mas há um tanque de água quente, onde as pessoas enchem seus termos, e levam o mate para ser sevado na aula. (cada vez se torna mais difícil escrever algumas coisas em português).
Todo mundo bebe mate, todo o tempo! É lindo! Ninguém tem nojo de beber na bomba em que outro bebeu. E para os mais desavisados, se te oferecem o mate e o aceita, tem que beber até o fim. Se fizer ruído de ar no final, não tem problema não é deseducado. E se quiser continuar no circuito do mate, não se pode dizer "Gracias". Isso significa que para você já foi suficiente, que você já está verde.
Um dos "problemas"disso é o resíduo gerado. Ninguém sabe onde enfiar a erva depois que ela já está lavada. E como na Argentina é mais difícil encontrar uma lixeira do que uma agulha no palheiro, a situação se complica. Muitas vezes levam sacolar plásticas para jogá-las. E muitas vezes é preciso tirar uma folha do caderno, e colocar a erva ali. Dura pouco, a água começa a escorrer antes da aula acabar.
Com isso, talvez em breve, se inicie o projeto de separação da erva consumida na Faculdade de Agronomia e Florestal, para ser compostada e criar lombrigas. Projeto do Vivero Forestal e um Professor da Cátedra de Edafologia. Quem sabe participe disso!
Mas por enquanto, preciso de uma cuia.
P.S. (Escrito em 30 de Abril).
O termo por mim comprado não era de aço-inoxidável. Felizmente o senhor da esquina da Facultad de Humanidades aceitou a garrafa de volta, e devolveu o dinheiro.
Agora preciso do termo, do mate, da bomba...
Esse "ritual" do mate é algo muito interessante; a roda em si.
ResponderExcluirUm forte abraço e continue na trilha.
Victor Oscar
Eh Natalie, vendo vc falar assim, me da uma saudade... Espero que esteja aproveitando bastante ai.
ResponderExcluirSuerte!!
ALias, meu saco de Yerba Gaucha ta no fim... Teria como vc me trazer um?
ResponderExcluirFarani, não posso prometer nada!
ResponderExcluirSei bem o que é isso de encomenda pros outros. Não esquenta não... Se der pra trazer, ótimo, senao tranquilo. Aliás, feliz aniversário. Que pelotudo que soy, eh? Muitas felicidades, viagens...
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