sábado, 1 de junho de 2013

Paris

(Atualizado em 02 de dezembro de 2013)

Quase um ano depois, e há uma semana de passar mais uma vez por Paris, um breve relatos aos navegantes de primeira, segunda, ou terceira viagem.

Antes de mais nada, uma trilha sonora clássica-cafona para a gente poder rir! Aux Champs Elisées!
Clique aí para ouvir enquanto você lê!



Paris central é organizada em 20 "arrondisements", bairros ou regiões para nós, tentando buscar uma equivalência. Eles começam no centro, e vão mudando de número com a forma de um caracol.


Pra você não se perder, segue um mapa com as principais atrações da cidade.

Mapa geral de Paris com os principais pontos turísticos em relação a cada arrondisement.

Transporte
Paris tem um sistema de metrô bastante abrangente, e que se liga também ao sistema de trens. Paris é a cidade mais fácil da Europa (e talvez do mundo) para se conseguir um mapa do metrô, então não se preocupe muito. A Galeria Lafayette adoram patrocinar os livrinhos com os mapas. Mas se quiser estudar antes de sair de viagem, clique aqui. A melhor opção para quem vai ficar poucos dias é comprar o carnet de 10 passagens. Sai em média 1,4 euros o trajeto.

Uma informação importante é que, no verão, algumas estações fecham para manutenção. É que apesar do alto número de turistas na cidade no verão, a maior parte dos parisienses se mandou para algum outro canto do país ou do mundo. Então, fique apenas atento a isso.

Mas a coisa mais legal da França, e de Paris em especial, é o Velib, o sistema de locação de bicicletas. Acho obrigatório alugar uma bike da Velib por ao menos um dos dias durante sua temporada em Paris. Em breve escrevo mais explicando como funciona.

A outra opção para alguns dos trajetos (principalmente os turísticos) é o passe Batobus.
Com ele, você pode navegar entre quase todos os pontos turísticos de Paris. Custa 16 euros para um dia, 18 para dois.

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Paris é um mundo! Aqui é só um pouco do meu olhar sobre ela. Não se atenha a isso, mas inspire-se!


Montmartre

Eternizado depois de Amélie Poulain, é ainda o meu bairro favorito de Paris. Tem uma coisa muito gostosa subir essas escadas, topo de montanha é sempre mais forte, ainda que seja no meio da cidade e cheia de prédio em cima.


Uma agradável curiosidade que descobri visitando a cidade no ano passado com o pessoal do estágio, é que é possível subir na torre da catedral.
Das janelas vazadas, é possível ver Paris por um ângulo menos convencional mas fabuloso.
Mas se o orçamento estiver curto, o gramado abaixo da catedral funciona, e pode até faltar espaço. Tem até imigrante vendedor ambulante de cerveja para o caso de querer ver a paisagem brindando.

Vista de Paris, do gramado de Montmartre
Muita gente não sabe, mas em Montmartre há antigas vinhas, e produz-se vinho local até hoje lá. É um pouco complicado de achar, mas se conseguir perguntar, visite. Para os fãs de Salvador Dali, há também um pequeno museu do artista no bairro, onde estão em sua maioria, as suas esculturas. Eu visitei na minha primeira à Paris, em 2006, então não me lembro muito dos detalhes.


 E se tiver uma sorte no caminho e for verão, a chance de ver grupos e artistas tocando pelas ruas.
Fanfarra belga tocando no verão. Se fosse no Brasil, era todo mundo dançando e pulando junto. Na Europa, um bater de pé no chão pudico é o que você pode esperar.


Museu de História Natural

O Museu de História Natural de Paris é, na verdade, formado por 3 museus independentes. Quero apenas dizer que os prédios são independentes, e infelizmente, você precisa comprar um ingresso para cada.


Galeria de Paleontologia e Anatomia Comparada

Neste museu, com ares de antigo, é onde se pode observar todas as ossadas de mamíferos e aves, além de alguns répteis, anfíbios, peixes e esqueletos de invertebrados.

Vista das laterais do museu



 Mas o mais emocionante mesmo, é que é lá onde estão os fósseis dos grandes mamíferos e de muitos dinossauros.

Tigre Dentre de Sabre

Dinossauros!
A maior desvantagem deste museu são os locais de descanso e climatização. Estava com um amigo e os pais dele, e ficou um pouco cansativo para eles depois de um tempo.

A Grande Galeria da Evolução

O nome engana, porque é aqui onde você esperaria encontrar os fósseis e a história da evolução. Mas na verdade, este museu é muito didático e bonito.
Há inúmeras espécies "empalhadas" (taxidermizadas) e organizadas em relação ao seu continente e/ou bioma. Há também um tanto de informação sobre domesticação de animais e plantas.


Le Jardin de Plantes

Fora os museus fechados, o jardim, que é aberto a visitação gratuita, possui uma grande variedade de plantas, que no verão vale a pena ser apreciado.
Vista exterior do museu
Maçã, no Jardin de Plantes
Eu amo o Jardin des Plantes
Fora este rolê clássico, há várias programações temporárias e temática. Cheque a programação no site.


O Arco do Triunfo
O Arco do Triunfo, símbolo da II Guerra Mundial (é um dos locais tomados pelas forças nazistas neste período), foi construído na verdade na época de Napoleão. Uma chama fica acessa no arco ininterruptamente.
No final de cada dia, há uma cerimônia militar em que você pode participar (se chegar cedo) ou assistir de fora.

A Bastilha
Pasmem vocês também, mas a Queda da Bastilha das aulas de história, é literal! Ela foi destruída na revolução. Não tem nada no lugar. Quer dizer, tem uma rotatória gigante, e uma vida noturna agitada na região para aqueles que gostam disso.

Notre Dame de Paris
Nunca entrei, mas sei tiver com $$ sobrando, entre e me conte. De fora já é um super astral. E me enjoa um pouco essa coisa de colocar cadeado do amor nas pontes. Qualquer hora essas pontes caem de tanto peso de metal de cadeado acumulado.
(Estão removendo os cadeados, enfim. Já tinha previsto o risco disso).
Mas a catedral é linda, a visitação no interior é gratuita, mas para subir nas torres há ingresso de cerca de 10 euros, e uma boa fila.

A Notre Dame é linda!

A Galeria Lafayette
A "igreja" do consumo de luxo parisiense é a Galeria Lafayette. Apesar de terem me financiado dezenas de mapas de metrô ao longo desses anos, nunca havia pisado na maior loja francesa em Paris.
O local é ocupado por produtos caros de todas as grandes marcas francesas, italianas, e de outros cantos do mundo. É uma grande vitrine da moda, onde chineses formam filas na entrada das pequenas sub-lojas para comprar bolsas da Prada por 3 mil euros, ou echarpes de 500. Mas críticas ao consumo a parte, o prédio é extremamente bonito.


Quarter Latin e Jardim de Luxemburgo
As duas atrações estão bem próximas uma da outra. É a região onde também se encontra o prédio principal da Sorbonne. Caminhe pelo local, e gaste um tempo em algum dos bares da região. Extremamente interessante pela noite.


Cultura Local

Brocantes
Os Brocantes são feiras de antiguidades e usados, organizados na cidade com um calendário aberto, mas organizado, e apoiado pela prefeitura.


Cestas de livros em brocante

Você está olhando esses livros velhos e mulambentos e está achando que só tem porcaria? Mas não!
De roupas estilosíssimas de época, a bijouterias, óculos, vinis, móveis, eletrodomésticos, o que você imaginar, se acha num brocante.

Há também alguns brocantes temáticos. Só sei dizer que é uma das minhas coisas favoritas de Paris.

Para procurar o calendário das feiras, acesse:



As Feiras!!! (Os marchés)
Ir à França e não visitar e não visitar um marché (feira) é como não ter ido à França.
Compre as frutas de época, um pouco de queijo e pão para piquinicar em alguma das suas paradas pela cidade.
As feiras são quase sempre pela manhã,


Paris Plages

Pra atender a demanda do povo que não viaja para a costa por questões de tempo e dinheiro, a prefeitura organiza uma série de atividades "de verão" em Paris. Tem campo de vôlei de praia, dança, música, uma porção de coisa, aproveitando o sol e os canais.


Dança na programação do Paris Plage
Site oficial: Paris Plages

Lazer independente

Fora o circuito oficial, "au bord du Seine" há uma porção de atividade cultura independente. De ensaio de bateria-batucada, fanfarra, a baile de salsa, entre um outro punhado de coisas.
Há também cinema, teatro, dança, aproveite o que uma cidade grande como essa pode te oferecer.

Comidinhas

Comida favorita do meu amigo Belém, o "Croissant aux amandes" é realmente uma iguaria do café da manhã açucarado. É um croissant recheado com uma pasta de marzipã. Convivendo com os franceses, me explicaram que é uma estratégia de panificação para reaproveitar o croissant do dia anterior que não vendeu. Mais um ponto pro produto!

Ganha o gostinho do tempo, e impede comida de ir pra lixeira.

Croissant aux amandes
Este eu não como, mas sem dúvida não deve haver local melhor para provar o "escargot"(lê-se "Escargô"), que nada mais é que um caramujo, molusco, fruto do mar que vive na terra. Qualquer restaurante/bistrô costuma ter a iguaria no cardápio. Eles são tipicamente servidos com uma manteiga temperada com ervas. É isso a parte verde que você está vendo na foto.
Eles chamam essa manteiga de "beurre d'escargot" (mateiga de escargot), mas na verdade, só quer dizer que é temperada à moda. Quero dizer que é apta a vegetarianos.

Escargot!

As outras coisas para fazer

Apesar de soar estereotipado ou preconceituoso, caminhar pelo bairro árabe e africano são programas maravilhosos de se fazer. É o trajeto a pé do cemitério Père Lachaise para Montmartre.

No bairro árabe, a curiosidade de quase nenhuma mulher na rua, só homens. E com muitas delícias da pasticeria árabe para se comer!

Do bairro africano, me arrependo de não ter parado para comprar os tecidos maravilhosos que pulavam das vitrines nos meus olhos.

E as coisas mais simples, como tomar um café ou uma cerveja com um amigo, jogando conversa fora.


Ou aproveitar a massagem grátis da praça!


Acabo de ver que acabo de terminar o post sem falar da Torre Eiffel e do Louvre. Pronto. Tá falado.
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Sobre o Louvre:
1-Ele é imenso, e é fácil de se perder. Melhor do que tentar se achar, é então, se perder por lá.
2-A Monalisa é quase impossível de ser vista porque ninguém vai lá pra ver o quadro. Todo mundo vai lá pra tirar uma foto do quadro, foto esta que já está tirada, disponível para donwload, impressão, poster gigante, médio, caneca, chaveiro, postal. Mas mais importante que ver a imagem e sentir a presença do quadro, é ter a foto na sua máquina. Ou ainda melhor: uma foto sua com o quadro no fundo. (depois reclamam das fotos do homem na Lua).
3- Como diria meu amigo Belém, o Louvre deveria ser visto como em Jules&Jim (Bande à part, Truffaut, 1964) ou os Sonhadores (The Dreamers, Bertolucci, 2003).

Assista a cena: Truffaut e Bertolucci.

Ou dê risadas com esta cena do Férias Frustradas na Europa (comece nos 27 segundos).

Eu falei isso, mas é sim, um Museu de tirar o fôlego, e eu nunca senti algo parecido com o que senti quando vive algumas das múmias na parte do Egito. É um contato com a história da humanidade muito profundo.


Torre Eiffel
Sendo a torre o símbolo da cidade luz, do amor, e de tudo mais, sugiro que só se suba aí com uma paixão à tiracolo!


Versalhes
Não é Paris, mas está do lado, acessível por trem. Leia o post sobre Versalhes.

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