As previsões eram tenebrosas: frio, inverno, neve, cidade pequena, poucas coisas para fazer.
A surpresa é que Clermont junta as qualidades das cidades grandes e pequenas: uma ótima oferta cultural, mas a curtas distâncias, aproximando eventos e pessoas. Chega a me lembrar Barão Geraldo, mas menos provinciana.
A Catedral negra, feitas de rocha vulcânica, marca a cidade. E eu moro há poucos passos dela, em uma rua com mais cara de cidade cenográfica que de rua mesmo.
O afiador de pianos, a loja de circo, os brechós da rua ao lado, o café marroquino, as livrarias e sebos, o ateliê de fotografia, a loja de instrumentos, a costureira sob medida, os antigos prédios abandonados, o restaurante vietnamita, as janelas grandes, as luminárias antigas, a rua de paralelepípedo, sem calçadas. Pela primeira vez moro no centro, e é um centro histórico.
Para os amigos cientistas, foi aqui em Clermont-Ferrand que aconteceu o experimento de Blaise Pascal com o mercúrio, quando se descobriu a diferença de pressão atmosférica em diferentes altitudes, e criou-se a unidade de medida de pressão, o Pascal (P). O experimento foi feito medindo o comportamento do mercúrio em uma ampola, enquanto subia-se o Puy-de-Dôme.
Pra vocês então, o Puy-de-Dhôme, amanhecido com neve dia 13 de outubro, enquanto aqui na planície, o sol brilhava e aquecia nossos corpos!
Ou emoldurado no céu colorido do fim de tarde de outono
A rua, que mais parece cenário que realidade |
A história do experimento de Blaise Pascal |
Pombas tomando banho no sol |
E as abóboras deliciosas na loja Bio Auvergne |
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